Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador Histórias. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Histórias. Mostrar todas as postagens

terça-feira, abril 27, 2010

Desenhos nas nuvens

Ah, o ar fresco do campo.
Há quanto tempo tenho sonhado com isso!
Nada de mais para fazer, apenas... respirar devagar.
Fixar os olhos no horizonte e só ver verde.
Ouvir os pássaros cantando lindamente.
Eu deitado na sombra de alguma árvore.
E o tempo passando, e eu não me importando.
Só deitado ali, vendo desenhos nas nuvens.

quinta-feira, abril 22, 2010

Correndo

Esquerda! Direita!
Devagar demais.
Pernas doendo.
Esquerda!
Não consigo mais nenhum segundo assim.
Direita!
Devo falar para parar?

Ponto 16 de novo.
Estou ficando melhor.
Esquerda! Direita!
A dor começa a queimar.
Não sei se consigo de novo.

Ponto 28.
Chegando ao fim de mais um.
Direita queimando.
Esquerda falhando.
Não consigo mais.

sexta-feira, abril 16, 2010

Vozes

Ah...
Não tenho muito o que falar.
Essa semana foi boa e legal. E produtiva para o blog.
E descobri umas coisas legais. Nem tão legais, na verdade. Mas isso nem vem ao caso.

Cara...
Já é fim de semana de novo!
Nem vi a semana passar direito. Sou péssimo em noção de tempo.
E, falando novamente, não tenho muito o que falar.

Só que eu estou meio com dor de cabeça.
Mas isso é agora, enquanto penso sobre a semana que já esqueci.

E continuo ouvindo as mesmas músicas, fazendo (quase) os mesmos desenhos, escrevendo as mesmas frases de sempre.
Enfim...
Nada mudou mesmo...
Nem as vozes...

quinta-feira, abril 08, 2010

Acreditar

Como todos os acontecimentos anteriores tiveram esse momento, é claro que esse acontecimento de agora também deveria ter. É regra. Isso sempre acontece. Não importa quando, sempre acontece.

De noite, de dia, de madrugada, na hora que você menos espera ou até mesmo na hora que você tinha certeza que ia acontecer.
Mas é normal acontecer quando você menos espera.
Comigo aconteceu nessa hora. E quando a promessa estava feita, ela foi lá e desmentiu tudo.
E no dia anterior, ela chorava.

Como sempre, acabei acreditando que era aquilo mesmo que estava pensando.
Mas como sempre, acabei me enganando de novo.
Engraçado eu não culpar ela. Eu culpo eu mesmo por ter acreditado, e não ela por ter feito eu acreditar.
Se tivesse sido ontem, eu não acreditaria e não teria sentido aquele peso.
Mas eu acreditei, e nada mais poderia ter sido feito na hora. Nem mudaria nada do que fiz.

E no dia seguinte, era eu que chorava...

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Anjo Caído


Lentamente, com o passar dos dias
A sua sede aumentava.
Não tinha ideia do que podia ser
E a voz em sua cabeça não se calava.

Lentamente, com o passar dos dias
Nada mais fazia sentido.
Não sabia o que fazia
E sua razão não lhe dava ouvidos.

No meio da escuridão em que passou a viver
Nada nem ninguém o satisfazia.
Foi quando todo mundo passou a dizer:
Se transformou em Anjo Caído no dia mais feliz de sua vida.

Roquenrow


Clique na imagem para seus devidos créditos.
AUTOR

Meio do nada


Mais um outro dia se passa
Aqui no meio do nada.

Relembrando momentos que já foram especiais
E inesquecíveis até um tempo atrás.

Na noite de hoje lembrei o que passei com você.
Aqueles momentos que eu queria esquecer.

Roquenrow

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Velhos textos 2

Suicida

Protetora do meu céu
O que você vai fazer?
Esses olhos cor de mel
Eles me fazem derreter.
Mas você é feito fel
E eu não quero mais querer.

A fúria do meu mar
Ele me tirou você.
Eu queria te salvar
Mas não pude me mover.
Eu só consegui olhar
E ver você desaparecer.

Protetora do meu mar
O que você vai fazer?
Você só vai olhar
Quando o mar for derreter?
Eu só queria poder sonhar
E depois ter algo a dizer.

Destruidora do meu lar
O que eu vou fazer?
Agora tudo vai acabar
E eu vou ficar sem você.
Eu não consigo nem sonhar
Porque eu tento entender?
Algum dia você vai me salvar
E eu não vou me render.


Mais um texto velho meu, como já diz o título. Com essa poesia, eu quis montar uma história. Na verdade, eu consegui, mas não lembro, exatamente, agora quais eram as explicações para alguns trechos estranhos. Mas que tinham explicações, isso tinham.

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Velhos textos

Sala de Troféis

Viajando...
Volte um pouco pro chão.
Você sabe o que estou pensando
Mas você acha que não.
Sempre que estiver despencando
Vou cair na sua mão.
Quando tudo está acabando
Você acha uma razão.
Eu acabei continuando
Porque você me deu um empurrão.

Caindo...
Volte um pouco pro chão.
Você sabe do que estou rindo
Mas eu acho que não.
Sempre que estiver caindo
Estarei te esperando no chão.
Você sempre volta sorrindo
Isso parte meu coração.
Quando você está saindo
Sou só uma parte da coleção.

Um texto velho meu, que eu fiz em um momento interessante da minha vida. Já demonstrava minha inabilidade de criar títulos que chamassem a atenção.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Histórias de colegial

Estava eu, há alguns dias atrás, lembrando da minha época de colégio e me lembrei de uma história em particular.
Todo mundo já teve amores de colégio. Aquela garota que te deixava com sensações engraçadas, aquela outra que sempre sorria com alguma frase sua ou ainda aquela que te fazia rir.
A que lembrei talvez se encaixe em algum desses exemplos citados.

O que realmente aconteceu foi que eu me apaixonei por uma garota que tinha namorado. A garota e eu já éramos amigos por uns dois anos e eu sempre deixava "escapulir" pra ela que eu gostava dela de um jeito diferente, algo mais do que amigos. Ela, por sua vez, dava uma risadinha e deixava bem claro que nós éramos somente amigos e que seria assim "até ficarmos velhos e pelancudos"(sic).

Na verdade, não me importava de ser apenas amigo dela. Por um bom tempo, eu até achava legal isso de "sentimento não correspondido, mas compreendido" que existia entre a gente. Isso até eu arranjar uma namorada de colégio e ela terminar com o seu namorado.
Quando isso aconteceu, ela "colocou as garras pra fora" e meio que começou a me evitar em algumas ocasiões, mas sempre quando a gente passava um tempo juntos, ela falava mal da garota que eu estava.

Eu me sentia mal com isso, claro. Era inexperiente e ela era minha melhor amiga. O que eu podia fazer?
Não fiz nada em relação. Continuei com a mesma garota e mantive minha amizade com ela.

Com o passar do tempo (meu namoro durou cerca de um mês), percebi que a namorada estava ficando distante. Eu perguntei à ela o que estava acontecendo. Ela disse que minha amiga dizia à ela que eu não gostava realmente dela. Que eu estava ficando com ela apenas por diversão, ou algo desse tipo, não me lembro exatamente dessa parte. Com isso, a gente terminou.

Eu chamei minha amiga pra conversar no final do dia, na rua debaixo da escola, embaixo da árvore gigante que tinha (ou tem) na frente da secretaria. Lembro praticamente de tudo que conversamos nesse dia.

EU: Fiquei sabendo de algumas coisas que você andou falando pra Ex. Eu não gostei muito disso não... (conversa pré-adolescente ainda, eu era muito novo)

ELA: Ah... Você ficou sabendo por quem? (Queixo erguido, olhos fixos e distantes)

EU: Pela Ex mesmo. Ela falou que você falava pra ela que eu não gostava dela de verdade. (gesticulando)

ELA: Ah, mas não é verdade? Você não gosta mesmo dela, gosta? (olhando diretamente nos meus olhos)

EU: Ah, eu... gosto. Mas não do jeito que gosto de você...(fraquejando...)

ELA: Então, isso que aconteceu pode ser uma coisa boa. (olhando direto nos meus olhos, se aproximando e pegando minha mão)

EU: Como assim? (fazendo uma cara de "bobo que não entende nada")

ELA: Nesse tempo que vocês ficaram juntos, você só teve tempo para ela. Você não tirava nem um tempo razoável para falar comigo, me fazer rir, me fazer sentir..... diferente. (insira aqui uma pausa de um minuto, e continue lendo)

EU: Diferente como? (fazendo uma cara de "bobo que não entende nada")²

ELA: Você sempre dá um jeito de falar que gosta de mim e eu sempre dou um jeito de ser..... palhaça. (a mão dela na minha, os olhos dela nos meus...) Eu to cansada de ficar bancando a durona na frente de você. (voz fraca, e eu começando a entender tudo e o ego indo lá no topo da àrvore) Nesse tempo de namoro seu, eu percebi... que... você faz falta. (nessa hora um calafrio subiu pela minha espinha enquanto ela ia se aproximando mais de mim)

Nós ficamos um tempo juntinhos, até que eu respirei fundo e disse:
EU: Senti saudades suas... (olhos fechados, cabeças encontradas, mãos unidas) Nesse tempo... longe, eu vi que você é mais importante pra mim do que imaginei que fosse. (coração à mil, mãos geladas, frio na barriga)

E um beijo aconteceu. O momento que eu estava esperando há pelo menos um ano e meio finalmente aconteceu naquela tarde de maio. Deve ter sido um dos momentos mais legais que já aconteceu comigo durante minha vida colegial.

Todo o nervosismo, o sentimento verdadeiro, os hormônios soltando fogos coloridos fizeram daquele momento, um dos momentos que eu vou lembrar pela vida toda.
O nosso namoro perfeito não deu certo, pelo menos não do jeito que a gente esperava. A gente ficou junto durante um ano e nem foi o melhor ano da minha vida. Claro, existiram momentos divinos que eu salvei com muito cuidado na minha memória, mas também existiram momentos que teria sido melhor nem terem existido.

O que ficou mesmo foi toda a expêriencia que nós dois adquirimos.
Descobrimos que nem tudo acaba sendo do jeito que a gente planeja para ser. Que em algum momento alguma coisa pode dar errado e quando isso acontece, tudo pode desabar em um instante.

A gente ainda é amigo. Vejo ela frequentemente. Ela agora é casada e tem uma filha.
Mesmo depois de nossos planos amorosos juntos não terem dado certo, nós ainda temos o plano original: seremos amigos até ficarmos velhos e pelancudos.

Tempos de Infância

Seguindo um pouco a linha de histórias de sexta-feira que o Mohican está fazendo, memórias que estavam perdidas em algum lobo do meu cérebro voltaram para dar uma olhada na luz do dia.
Sim, isso mesmo que você ouviu, uma parte da minha memória infanto-juvenil voltou para me fazer rir antes de dormir. Mas não era luz do dia?

Quando eu era pequeno, lá pelos cinco anos de idade, o meu maior sonho era ter um SNES. As vezes eu até sonhava que eu tinha ganhado um, jogado a tarde toda e guardado ele num armarinho que tinha na rack da televisão. Era aquele tipo de sonho tão real, mas tão real, que quando eu sonhava com isso, eu acordava e já ia direto na rack da TV para pegar o SNES e jogar a tarde toda de novo. Isso resultava em um momento FUUU bem classe.

Uns primos meus tinham o SNES na época, então as vezes eu passava o fim de semana na casa deles jogando Super Mario World ou Donkey Kong Country. As musiquinhas das fases de cada jogo marcava bastante, então o resto da semana eu ficava com elas na cabeça ou então assoviando elas alegremente.
Ganhei meu primeiro SNES com oito anos e o jogo que veio nele foi um de minigames com o Timão e Pumba, personagens d'O Rei Leão. Joguei tanto esse jogo, que eu achava legal na época, que o cartucho nem funciona mais.

Pulando um pouco a longa história...
Há alguns meses atrás me deu vontade jogar de novo esses clássicos da infância. Baixei um emulador e algumas ROMS de DK, Super Mario World e Top Gear e passei um bom tempo jogando eles e lembrando dos bons tempos que eu passava a tarde toda na frente da TV e pulando na cabeça de castores, lagartos, abutres e tartarugas.

Tempos em que as únicas preocupações eram fazer o dever de casa, comer e escovar os dentes. O resto podia ser preenchido com jogos diversos. Videogames, futebol, desenhos, brincadeiras toscas e bonecos de ação.
E agora, não existe tempo para mais nada tão divertido quanto as coisas que eu fazia naquele tempo. Somente assoviar as musiquinhas das fases mesmo.

sexta-feira, janeiro 15, 2010

O relacionamento

Olá, leitores. Eu fiquei MUITO tempo longe daqui do blog, mas foram por causas muito justas. Durante todo esse tempo que eu fiquei longe do blog e de outras coisas, algumas histórias aconteceram comigo. Algumas engraçadas, outras tristes, outras que me colocaram em momentos de apreensão e outras que são sem noção.
Tentarei postar duas histórias estranhas toda sexta. E como diz o ditado "O que vale é a primeira impressão", a primeira história tem que ser uma que realmente prende a atenção de quem lê. Não sei exatamente qual vai cumprir esse requisito, porque acho que todas vão acabar interessando vocês, mesmo se for só um pouco.

 Essa história aconteceu de setembro para outubro. Lembro porque um filho de um colega meu estava todo animado com o seu possível presente de Dia das Crianças e eu achava isso engraçado. Mas isso não vem ao caso.
Estava eu, todo ocupado em minha casa, afundado em papéis sobre diversos assuntos idiotas que não me recordo agora (Ainda bem), e de repente o telefone toca. Não tinha a mínima ideia de quem poderia ser. Os papéis deveriam ser entregues na segunda, já tinha falado com a minha família naquele dia, as contas estavam todas pagas e não tinha pedido nada pelo telefone. Quando eu atendi, era uma ex-namorada que não via fazia pelo menos uns três anos. Me toquei de que meu telefone estava na lista telefônica.

A voz dela estava um tanto distante, desesperada. Parecia que algo muito ruim tinha acontecido com ela. E era verdade. Ela tinha me ligado para falar que tinha descoberto há pouco de que estava com cancer, e que não conseguia parar de pensar em mim. Eu fui o último namorado dela. Desde que nos separamos, ela não quis se relacionar assim com mais ninguém. Eu via a mãe dela às vezes, e sempre perguntava como ela estava. A mãe dela sempre respondia a mesma coisa: Quando eu falo que te encontrei, ela pergunta bastante de você.

Nunca achei um tempo pra ir atrás dela pra ver como ela estava. Quando nós terminamos, dissemos que continuarímos sendo amigos. Eu, normalmente, acho isso idiotice e que depois de você namorar uma pessoa e realmente conhecer ela, se você acabar deixando essa pessoa, os problemas que você deixava passar no relacionamento vão acabar fazendo alguma diferença para você.

No sábado eu fui encontrar ela em um barzinho que a gente ia de vez em quando na nossa hora do almoço. Ela estava mesmo arrasada com a notícia. Não era um tipo de cancer grave, o doutor disse pra ela que ela ia se curar dele facilmente. Mas mesmo assim ela estava desesperada, como se ela fosse morrer em poucos dias.
A gente discutiu um pouco sobre o assunto, eu tentei animar ela um pouco em alguns pontos da conversa, ela dava umas risadinhas às vezes, mas sempre com lágrimas nos olhos. Do nada, houve um silêncio que pareceu durar vários minutos.

E de novo do nada, ela vira pra mim e fala que sentia saudades. Eu falei que também sentia, mas acho que foi mais coisa do momento. Estar com ela fez várias lembranças boas voltarem. E lembranças ruins também. uma dessas lembranças ruins foi exatamente a do dia que a gente resolveu terminar. Mais especificamente, a razão do término. Não vou entrar em detalhes aqui. Assim como não digo o meu verdadeiro nome e nem disse o nome da ex, quero manter essa razão idiota escondida.

Logo depois de ter dito que sentia saudades dela, já fui dizendo que não dava pra gente voltar a ficar juntos. Citei o episódio do término e ela, meio contrariada ainda, concordou que não voltar era a melhor atitude. Depois disso, a conversa foi até mais animada. Parecia que ela tinha se esquecido completamente do cancer e de que eu já tinha sido o namorado dela. A conversa seguiu em tons de amizade e alguns tons de ousadia. Na hora de ir embora, a gente deu um abraço super apertado que me fez lembrar de alguns momentos bons do relacionamento. Trocamos nossos números de celulares e finalmente tomamos o caminho de casa. Separados.

Em casa eu tive que apressar os papéis em que eu estava trabalhando a tarde toda. Não dava tempo nem de parar para pegar alguma coisa na geladeira. Só fui acabar de mexer nos papéis à noite. Só tive forças para tomar um banho e me jogar na cama. Eu fiquei pensando: o que poderia ter acontecido se a gente tivesse resolvido voltar a namorar. O que eu iria passar durante o tratamento dela? Como ela iria reagir ao tratamento? Algumas outras perguntas vieram à minha cabeça, mas tratei logo de deixar elas irem embora.
Prefiri ficar com as lembranças do passado que  gente teve junto e não fabricar algumas de um futuro que a gente resolveu não ter.

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Insano

Tanta coisa eu devia ter dito naquele dia. Coisas que te fariam mudar de idéia. Que me fariam mudar de idéia. Tudo aquilo já passou e todas as coisas que eu não disse pra você ainda me assombram de noite. Em meus pesadelos você continua a mesma. E você continua aqui me assombrando, como fazia antes. Mas agora não tenho a liberdade que eu tinha antes. Você já não me deixa sozinho, fica sempre me seguindo onde quer que eu esteja. Estranho isso, porque quando você estava realmente aqui, você quase não ficava perto de mim. Sempre estava longe, nunca se importava com o que acontecia comigo. E eu tentava fazer o mesmo, e fingia que não me importava com você. Mas eu me importava. Nunca parava de pensar o que você estaria fazendo. Ainda me pergunto a mesma coisa desde que você se foi. Deus, queria tanto parar de pensar essas coisas. Mas algum dia eu ficarei bem. Com ou sem você aqui. Talvez, no momento certo, você queira ser minha.


sexta-feira, novembro 13, 2009

Mundo Livre

Ei, Mundo Livre
Não me deixe agora
Lembre de onde você caiu
E de onde você mora?
Você roubou minha alma
E tudo o que é seu demora
Eu sei que você quer se libertar
E fugir desse mundo que me apavora.

Ei, Mundo Livre
Apenas vá embora
Você me conhece, eu te conheço
Pra onde vamos agora?
Somos amigos para sempre
E eu acho que você também adora
Quando está em contradição
E isso parece tão estranho para mim
Eu te conheço agora
E você me conhece sim
Espero que o meu amor
Não enferruje na minha vida sem fim...
Até parece que eu sou de você
Enquanto você não é feito para mim.

P.S: Feito por eu mesmo no ano de 2007...

quarta-feira, novembro 11, 2009

Eu não te amo mais

Acordo pensando em seu rosto. Durmo pensando em seu rosto. Todas as noites eu sonho com o seu rosto. Você não está mais aqui. De uma certa forma, você nunca esteve junto comigo. Você sempre parecia estar longe, mesmo estando do meu lado. Eu não sei se a culpa é minha. Se foi algo que eu fiz ou que eu deixei de fazer. Eu sempre estava lá para você, mas mesmo asism, você sempre esteve longe. Em uma viagem imaginária que ninguém conseguia entender. Acho que nem mesmo você.
Nem você sabe porque estava comigo. Sempre tão distante, sempre longe de mim. E eu sempre me esforçando para fazer o melhor para você. Mas meu melhor não foi suficiente. Não importa. Eu te amei por um tempo e mesmo depois de ter seguido em frente, resolvi tentar algo com você. Mesmo eu não te amando mais.

terça-feira, outubro 06, 2009

Sem Surpresas

Passar o dia em uma rotina chata. Você não tem espaço para fazer mais nada. Não importa o que tenta fazer, você nunca tem uma surpresa. Você tem carros, uma linda casa, uma linda esposa, lindos filhos, um lindo jardim... mas está preso a uma rotina que toma tudo o que você tem. Você está até acostumado com ela, e não faz nada para sair disso. Até mesmo as palavras que você diz no decorrer do dia são ensaiadas. Nenhuma é expontânea. Nenhuma diz o que você realmente quer dizer.
Você acorda já sabendo como o dia irá terminar. Quantas vezes o telefone irá tocar. Quantos sorrisos idiotas você vai ver. Até mesmo quantas palavras você vai escrever. Você conta os dias para que isso termine, desejando do fundo da alma que termine logo. Mas você nunca tem descanso. Sempre tem algo mais a se fazer. Algo mais a não te surpreender. E você continua assim em piloto automático e descobre que aquilo não é vida. Que aquilo não é nem sobrevivencia. Você nem mesmo sabe porque você faz o que faz.
Você já está velho e todas as suas expectativas se perderam em algum lugar no seu passado. Mas você não se lembra disso, porque isso não faz parte do seu dia. Falar, discutir, mandar, escrever gritar. Você faz tudo isso todos os dias. Mas não pode se lembrar do seu passado. Não está ensaiado. Você não tem um sentimento programado para o momento que você lembrar.
Você nem lembra mais o que é surpresa. Nem se lembra da última vez que se sentiu surpreso com alguma coisa que não estava planejada. Você acha que é um ser perfeito. Que tem todas as respostas de qualquer coisa que te perguntarem. Mas algum dia, quando você menos esperar, algo de novo vai acontecer com você. E você não terá a resposta que você julga certa para isso. E você irá enlouquecer.
Nada mais vai estar no lugar que você estava acostumado a ver. Os sorrisos vão estar em outros lábios. As palavras vão estar em outro papel. As discussões vão tomar o sentidoque você não quer. Os gritos vão ser direcionados para outra pessoa. Você estará perdido. Terá que aprender a fazer as coisas de um modo diferente agora. Terá que estar aberto à surpresas. À coisas inesperadas. Coisas que você não sabe lidar ainda.
Mas com essas surpresas você saberá que estará livre. Nada mais vai precisar ser planejado. Nada mais será do jeito que você estava acostumado antes. Você vai ter o controle dos seus sorrisos, das suas palavras, da sua vida. Você vai perceber que você vivia de um jeito que não era considerado vida, nem mesmo por você. Você irá se apaixonar pela sua mulher, pelos seus filhos, pela sua casa, pelo seu jardim. E verá que perdeu momentos preciosos preso na sua vida antiga. Trabalho, dia ensaiado, sentimentos planejados.
Quando você se der conta de que tudo está diferente, finalmente se sentirá livre.

quarta-feira, setembro 30, 2009

Outra pessoa

Você nunca fala nada explicitamente. Sempre fala por trás de indiretas que não tem o mesmo sentido do que você sente. Você não consegue diferenciar o sentimento da vontade. A mentira da verdade. Nem mesmo o presente do passado. Eu sou outra pessoa. Não metafóricamente, como se eu tivesse mudado. Mas literalmente. Eu sou outra pessoa. Não sou o mesmo cara que você andava há meses atrás. Não tenho as mesmas falhas, não tenho os mesmos gostos, não tenho a mesma cabeça. A pessoa do passado te maltratava. Eu sei, porque você me contou. Mas eu repito: EU não sou a mesma pessoa. Nós não faremos as mesmas coisas juntos, nossos gostos não são os mesmos para algumas coisas e muitas outras coisas que eu sou diferente e que você pode achar esquisito. Ou simplesmente achar diferente e tentar mudar. Outra coisa sobre mim: Eu não mudo por ninguém. Não vou fingir ser alguém que eu não sou pra você gostar mais de mim. Ou menos. Vou ser sempre essa pessoa que você conheceu há algum tempo atrás. A pessoa pela qual você se apaixonou. Ou não. Outra coisa sobre mim: EU odeio falsidade. Se você não gosta de mim, me diga. Mas mesmo assim não vou mudar pra te agradar. Por nada. Nem se a falta da minha mudança fosse resultar em alguma quebra de relacionamento entre nós dois. Ou você realmente gosta de mim pelo o que eu sou, com minhas falhas, minhas qualidades, minhas manias, meu jeito de fazer piadas com coisas sérias... Ou então você não gosta de mim e somente atura essas minhas coisas por alguma razão que só faz sentido nessa sua cabeça confusa.

segunda-feira, setembro 28, 2009

Não é amor

Você nunca me deu nada especial. Somente queria receber. E dar ordens. Nunca se preocupava como eu me sentia. Ou o que eu sentia por você. Dá no mesmo. E sempre que eu queria me rebelar, você tentava me acalmar. E dava certo. Por um tempo. E por um tempo eu realmente achei que eu te amava de verdade. E no fim, acabei descobrindo que era somente atração. Não existia nada de especial entre a gente. Por nenhuma das partes. Mesmo depois de tudo o que a gente fez juntos. Depois de tudo pelo que a gente lutou para ter. Devia ser interesse. Ainda não sei realmente o que era isso que a gente tinha. Mas depois dessa sua última demonstração, eu sei que tudo isso que nós temos não é amor. Somente atração.

sexta-feira, setembro 25, 2009

Amnésia

Era uma segunda? Tinha acordado rápido. Nem me lembro de ter me arrumado. E então corri pra lá. Também não me lembro muito do caminho. O que eu vi, senti direito. Não consigo falar com certeza. Só uma coisa. Eu estava nervoso. Ansioso. Queria estar lá já. Do lado. Esperando. Mas foi uma hora da minha vida que eu não vou lembrar. Junto com tantas outras horas que eu não me lembro mais. Mas quando cheguei foi perfeito. Você lá. Apoio. Concentração. Olhos nos olhos. E tudo o mais. Foi uma das horas que eu nunca quero esquecer na minha vida toda. Mas não sei se vai ser possível. Esqueço as coisas facilmente. Já não lembro o som da voz do meu pai. Nem da minha avó. São coisas que normalmente alguém normal não esquece. Mas eu esqueço. E isso é um problema. Nomes, endereços, telefones, vozes, cheiros, ações. Tudo perdido. Em algum lugar no tempo. Em algum lugar na minha cabeça. Não lembro nada por muito tempo. Quando era o seu aniversário mesmo? Só sei o meu. E ainda sei porque tenho anotado. Senão esqueceria tudo também. Nome, endereço, telefone. É ruim acordar e não saber quem você é. Ter que descobrir as coisas por anotações em um caderno que já é antigo. Sorte eu ter um dom que me dê o dinheiro suficiente para seguir com a vida. Praticamente normal. Ninguém sabe que eu tenho isso. Eu acho pelo menos.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Pelo que é importante.

Meio cansado. Nada pra fazer. Nada pra fazer... Talvez. Às vezes as coisas acontecem tão fácil. Outras vezes fico horas na rua andando e não acho nada de bom ou divertido para fazer. Tenho ótimas ideias para colocar em prática. Fico ouvindo música instrumental o tempo todo. Passando músicas aleatoriamente pelo YouTube ou ouvindo na minha cabeça. Até alguma ideia vir. Ou um pensamento ir embora.
Meio cansado de seguir suas mentiras. Sempre acabo no mesmo lugar. Sempre te vejo chegando e sei que não tenho chance. Mas não sei porque, eu fico. Deve ser um vício. Você. Sempre tentando ter a razão. E sempre ficando com a razão, mesmo se eu estiver certo. Acho que não tenho força o suficiente para lutar. Mas isso me preocupa. Eu só tenho força para lutar por algo que me importa...

segunda-feira, setembro 21, 2009

Não diga adeus

Quantas vezes fiquei acordado só pensando em você? Aposto que já se esqueceu de todas noites frias em que eu te esquentei. De tantas coisas que eu podia estar fazendo eu escolhi você. Isso não é o suficiente? Será que eu nunca serei suficiente para você?
E todos aqueles momentos que passamos juntos e nos divertimos? Eles não adicionaram nada para você. Sempre tentei fazer o meu melhor. E é difícil saber que o meu melhor nunca foi o suficiente para te agradar, para te fazer feliz. Mas não dá para esquecer nossos momentos. Você vai estar sempre guardada em mim, no meu coração. E pode ser que eu tente reviver com outras pessoas o que eu vivi com você. Mas não será tão intenso como foi com você.
E agora, olhando o meu, o nosso passado juntos, não sei mais o que dizer para que você entenda que eu sempre te adorei. Nosso tempo juntos não vai ser em vão. E quando eu voltar para casa, com você do meu lado, vou fazer de tudo para que eu não estrague esse nosso relacionamento. Porque é sempre difícil dizer adeus, e será muito mais difícil dizer adeus para você.