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terça-feira, setembro 29, 2009

Sábado de Max

Acordei cansado hoje. Sabia que não tinha nada pra fazer, então fiquei deitado junto com a Nat. Estava com uma dor de cabeça que não conseguia nem me levantar, então deitei e acabei dormindo de novo. Fazia muito tempo que eu não acordava depois das onze horas. Dessa vez acordei com menos dor, mas ainda um pouquinho. Nat já estava fora da cama há muito tempo, acredito. Ela estava vendo os papéis do apartamento que ela viu. Resolvemos ligar para o Corretor para ver se podíamos ir dar uma olhada no apê. Ligamos e ele concordou. Então me arrumei e fomos. Nat parecia já estar até preparada para ir. Só colocou o seu tênis de fim de semana e já estava pronta.

Chegamos lá no prédio e o Corretor já estava nos esperando. Acho que demoramos um pouco. Estou meio perdido nas horas há uns dois dias.

O apê é demais! Muito mais espaçoso do que o que a gente está agora e tem dois quartos! Vai dar certo para eu deixar minhas coleções arrumadas. No apartamento de agora está um pouco espalhado pela casa. Umas estantes na sala, algumas no quarto. Às vezes não sei onde é que devo procurar certa coisa, já que meus quadrinhos e meus discos e CDs estão um tanto que misturados.

Falei para Nat que o apê é demais e o que eu vi era de só um quarto mesmo e estava no mesmo valor do que ela escolheu. Ela adorou ouvir isso e disse que já estava esperançosa com o apê dela. E depois ela deu sua risada que sou apaixonado.

Já que estávamos na rua e com fome, fomos a um restaurante que não íamos há meses. Ele é o melhor da região que moramos. Ainda bem que não ficaremos longe dele mesmo se mudarmos. Agora o que realmente falta é acertar os preços direito e mudarmos. Mal posso esperar para isso realmente acontecer. Nat pareceu muito feliz quando eu disse que gostei de lá. Ela só não demonstra muito quando está feliz, mas eu consigo perceber até mesmo quando ela está triste ou preocupada com algo. Conversamos e rimos bastante no restaurante. Estava um pouco vazio, o que me deixou um tanto mais a vontade. Então, fomos para casa.

Quando chegamos a nosso apartamento, tinha três recados na secretária. Era um irmão meu dizendo que ele estava mudando para a cidade. Odiei ouvir isso porque odeio meu irmão. Ele nunca foi do tipo que dá apoio ou pergunta como você está. Ele só quer mandar, quer que as coisas sejam apenas do jeito dele. Nunca está aberto a opiniões ou críticas. Deve ser por isso que ele tem o trabalho que tem. Ou tinha. Não o vejo há tanto tempo que não sei como vão as coisas. A única coisa boa dele se mudar para cá é que a minha mãe e meu pai devem vir juntos.

Não sei se Nat percebeu a minha cara de desgosto quando eu ouvi a mensagem, mas ela me abraçou e perguntou como eu estava. Estranho seria a resposta mais adequada. Mas eu disse “Não sei...”.

Estávamos um tanto cansados e já era um tanto tarde para irmos a algum lugar, então tomamos um banho e ficamos à toa em casa. Ouvindo músicas, contando histórias de quando éramos mais novos. Velhas histórias. Eu acho que Nat sabe tudo sobre mim. Acho que já contei meu passado inteiro pra ela. No meio disso tudo, risadas, piadas, caras de nojo, risadas sem graça. Quando a gente finalmente ficou quieto, acabamos dormindo ali mesmo, no sofá.

Foi um dia totalmente estranho. A felicidade por ter achado o apartamento perfeito para nós dois, a quase tristeza de ouvir que meu irmão vem pra cidade e a incerteza de que meu pai e mãe vem juntos. Que dia!

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