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sexta-feira, outubro 02, 2009

Sábado de Nat

Hoje eu acordei cedo. Fiquei deitada um tempo na cama, pensando no apartamento. Aí eu ouvi Max acordando. Falei bom dia para ele, mas ele não me respondeu. Aposto que estava com dor de cabeça. Sempre que ele tem uma não ouve nada que falam com ele. Resolvi levantar e aposto que Max dormiu de novo. Fui ver meus e-mails, ler algumas notícias de qualquer coisa e por fim, peguei os papéis do apartamento para ler. Foi por aí que Max levantou da cama. Dei a idéia pra ele de ligarmos para o Corretor e irmos ver o apartamento. Ele topou. Já estava praticamente pronta para ir já que planejava isso desde quando tinha acordado. Ele demorou um pouco para se arrumar, mas tínhamos tempo.

Quando chegamos ao apartamento, o Corretor já estava lá, nos esperando. Max parecia meio sem graça. Deve ter percebido que estávamos atrasados.

Como eu imaginava, o interior do apê é lindo. Espaçoso e confortável. Do jeito que nós precisamos mesmo. Max já parecia bastante satisfeito e entusiasmado com o apartamento. Tenho certeza que imaginou os lugares onde colocaria suas coleções de discos e gibis.

Depois que já tínhamos visto o apê, ele me disse que poderíamos ficar com ele, porque o que ele tinha visto era de um quarto apenas e estava mais ou menos no mesmo preço deste. Adorei ouvir isso e ri. E ele abriu um sorriso lindo.

Estávamos com fome, então resolvemos parar em um velho restaurante que costumávamos ir. É no caminho mesmo, entre os dois apês. É um lugar super legal e, tenho certeza disso, tem a melhor comida da nossa região.

Eu fiquei super feliz com a decisão dele sobre o apartamento, mas resolvi não deixar isso transparecer. Fiquei meio que com vergonha. Mas aposto que ele sabia que eu fiquei feliz. Ele ficou me olhando com um sorrisinho no rosto. E ficamos conversando normal na mesa. Estava meio vazio no horário que fomos, então Max se soltou um pouco mais. Ele não se sente muito confortável com lugares com muitas pessoas. Foi ótimo ele ter se soltado. Rimos bastante enquanto estávamos lá. Depois fomos embora.

Quando chegamos a casa, tinha alguns recados na secretária. Era o irmão de Max falando que ele estava de mudança para a nossa cidade. Eu só encontrei com ele uma vez, mas foi o suficiente para ver que ele não é uma pessoa legal de se ter por perto. Tenho pena da mulher dele que é muito legal. Ele é um pé no saco. Nem sei como o Max agüentou esse cara pela infância dele. Depois dessa primeira vez que o encontrei, Max me disse que odiava o seu jeito. E fez uma piadinha com o trabalho que ele tem. Ou tinha, já que ele está se mudando. A única coisa boa que pode acontecer com essa mudança é que os pais de Max podem vir juntos. Eles são muito legais. Nem sei como foi possível eles terem um filho tão chato que nem o irmão de Max.

Eu achei que Max tinha ficado triste ou algo assim, então eu o abracei e perguntei como ele estava se sentindo. Ele disse que não sabia, mas aposto que estava rolando uma mistura de emoções dentro dele.

Depois disso ele ficou meio pra baixo, então resolvemos simplesmente tomar um banho e ficarmos em casa contando histórias antigas de quando éramos crianças. Max já me contou bastante coisa de sua infância, mas hoje eu ouvi coisas novas. E sempre com alguma piadinha e as coisas normais que uma criança faz, mesmo sendo nojento. Depois dessa conversa ficamos ali, ouvindo música. Acabamos dormindo ali mesmo no sofá.

Dia estranho, no mínimo. Achamos o apartamento que estávamos procurando, o que nos deixou felizes. Mas também tivemos essa notícia indesejável de que o irmão dele está vindo pra cidade. Tinha que ser justo num sábado.

Um comentário:

Lets& Dinho Blog disse...

Gostei Gus
Vc poderia escrever um livro!
bjs lindinho!
Fica com Deus!o/